19/07/2025

Plásticos, latas e diabetes: a estranha conexão que você precisa conhecer.

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Já parou para pensar que aquele seu squeeze ou aquela lata de refrigerante podem esconder um ‘ingrediente’ nada legal? É o bisfenol A, ou BPA, uma substância que pode estar presente em muitos produtos plásticos e que tem sido associada a diversos problemas de saúde.

O BPA se esconde nas embalagens que a gente usa todo santo dia.
Mas calma lá! Os cientistas estão de olho nele, e as notícias não são lá essas coisas. Parece que esse tal de BPA vem agindo como um sabotador, mexendo com a nossa saúde nos bastidores.

Segundo especialistas, esse personagem está se infiltrando sorrateiramente em nossa comida através das embalagens plásticas e latas metálicas. E o pior: ele pode estar bagunçando nosso metabolismo, deixando nosso corpo menos sensível à insulina. Isso significa um caminho aberto para o diabetes tipo 2, aquela condição que ninguém quer ter como companheira.

Mas afinal, o que é esse tal de BPA?

Imagine um produto químico industrial que está praticamente em todo lugar. Ele é usado na fabricação de plásticos durinhos (aqueles de policarbonato) e também nas resinas que revestem o interior das latas de certos alimentos.
A ideia não é que nosso organismo consiga lidar com isso, mas acontece que pequenas quantidades acabam contaminando nossos alimentos e bebidas, especialmente quando esquentamos essas embalagens e acabamos consumindo esses alimentos de forma continuada.

O BPA está tão presente na alimentação das pessoas que dados apontam que mais de 90% dos americanos têm BPA detectável na urina. E não pense que isso é exclusividade deles, viu? Provavelmente, a maioria de nós brasileiros estamos numa situação equivalente.

Desregulador hormonal

O problema é que o BPA é um perturbador endócrino. Em outras palavras, ele bagunça nosso sistema hormonal. Ele é tipo um ator canastrão, tentando imitar o estrogênio no nosso corpo. Isso causa uma confusão danada, provocando inflamação e crescimento celular onde não deveria. Alguns cientistas estão até preocupados que isso possa aumentar o risco de câncer no longo prazo.

Sabe aquela história de que uma pedrinha pode derrubar um gigante? Pois é, o BPA está fazendo algo parecido com nosso corpo. Esse elemento não se contenta em bagunçar só um hormônio, não. Ele resolveu meter o bedelho na insulina também, aquela moça importante que controla o açúcar no sangue.

É como se o BPA fosse aquele colega chato que fica no seu ouvido o dia todo. Depois de um tempo, você acaba ignorando, né? Pois as nossas células fazem igualzinho com a insulina quando o BPA está por perto. Elas começam a dar de ombros para a coitada, fingindo que nem escutam o que ela está falando.

E aí, meu amigo, é quando a coisa fica feia. Com as células fazendo pouco caso da insulina, o açúcar no sangue começa a subir, subir e subir. Sabe onde isso vai parar? Isso mesmo, na porta do diabetes tipo 2, aquele visitante que ninguém quer receber em casa.

Mas espera, tem mais! Se a gente deixar essa festa rolar solta por muito tempo, a bagunça pode ficar ainda maior. É aí que entra em cena a síndrome metabólica, aquele combo de problemas de saúde que ninguém pediu, mas que chega com o diabetes se a gente bobear.

Então, está vendo como uma coisinha tão pequena pode causar um rebuliço desses? É o BPA aí, provando que tamanho não é documento quando o assunto é bagunçar com a nossa saúde.

Resistência à insulina e o risco de diabetes

Um estudo recente apresentado em uma conferência de diabetes em 2024 mostrou que o consumo de BPA pode causar resistência à insulina de forma rápida e direta.

Os pesquisadores fizeram um teste dando biscoitos de baunilha para voluntários. Metade desses biscoitos tinha BPA na quantidade máxima considerada “segura” pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA. Depois de uma semana, quem comeu os biscoitos com BPA teve uma queda de cerca de 9% na sensibilidade à insulina. Não é pouca coisa, não é mesmo?

Esse estudo veio confirmar o que muitos cientistas já desconfiavam e temiam. Várias pesquisas ao redor do mundo já tinham encontrado ligações entre níveis mais altos de BPA no corpo e maior resistência à insulina ou diabetes tipo 2.

Então, o que podemos fazer?

Bem, apesar da FDA (a agência que regula alimentos e medicamentos nos EUA) dizer que o BPA é seguro nas doses baixas que normalmente encontramos, alguns especialistas não estão muito convencidos. Eles acham que é hora de repensar o que consideramos “seguro” quando se trata desse produto químico.

Como reduzir sua exposição ao BPA?

Seguem algumas dicas:
1. Tente evitar alimentos enlatados. Eles são considerados a maior fonte de exposição ao BPA;
2. Troque os recipientes plásticos por alternativas de vidro ou aço inoxidável;
3. Se for usar plástico, evite aquecê-lo no micro-ondas ou deixá-lo exposto ao sol;
4. Fique de olho nos rótulos. Muitos produtos agora são anunciados como “livre de BPA”, embora isso não seja uma garantia total de segurança.

Concluindo

Lembre-se, pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença. Não é preciso entrar em pânico, mas vale a pena ficar atento e fazer escolhas mais conscientes na hora de comprar e armazenar seus alimentos. Afinal, cuidar da saúde também passa por prestar atenção aos alimentos que colocamos no nosso prato, não é mesmo?

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Fontes: Study Reveals Decrease in Bisphenol A Exposure Can Impact Type 2 Diabetes Care, Protect your baby from BPA (Bisphenol A), Risk Management for Bisphenol A (BPA), Are Plastic Baby Bottles Safe?, BPA May Increase the Risk of Diabetes