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    Existe relação entre a COVID-19 e a saúde bucal?

    Victor Hugo Cardoso • jun 07, 2021

    A COVID-19 tem relação com a saúde bucal?

    Existem ainda poucas pesquisas sugerindo que a COVID-19 possa levar a um estado de má saúde bucal.

    No entanto, um estudo de 2021 sugere que a má saúde bucal pode desempenhar um papel na contaminação pelo SARS-CoV-2.

    O estudo observa que a boca pode atuar como um ponto de entrada para o SARS-CoV-2.

    Isso porque as células da língua, gengivas e dentes possuem a enzima conversor de angiotensina-2 (ACE2). Este é o receptor de proteína que permite que o vírus entre nas células.

    Em indivíduos com saúde bucal ruim, a presença de receptores ACE2 parece ser maior.

    Outro artigo observa que pode haver uma conexão entre a doença gengival e alterações na placa dentária com risco aumentado de complicações da COVID-19.

    Os pesquisadores sugerem que a falta de higiene bucal pode aumentar a chance de bactérias viajarem da boca para os pulmões.

    Isso pode, então, aumentar o risco para o desenvolvimento de uma infecção bacteriana, além da COVID-19.

    As limitações impostas pela pandemia

    A pandemia de COVID-19 levou à redução do horário de funcionamento e ao encerramento das práticas odontológicas, exceto no caso de procedimentos de emergência. Isso limitou a capacidade de as pessoas terem acesso a cuidados de rotina.

    COVID-19 e gengivite

    São sintomas característicos da gengivite:

    • gengivas vermelhas e inchadas;
    • gengivas sangrando ao escovar os dentes ou usar fio dental;
    • mau hálito
    • gosto desagradável na boca.

    A má higiene bucal pode levar ao acúmulo de bactérias que aderem aos dentes formando a placa bacteriana dental. Esta é uma causa comum da gengivite.

    Os autores de um estudo clínico especulam que ter uma doença debilitante como a COVID-19 pode significar que a pessoa acometida se torne menos propensa a praticar uma boa higiene bucal. Isso possibilita o crescimento da placa dental, o que aumenta o risco de gengivite.

    Os pesquisadores também sugerem que as gengivas sangrando podem ser um sintoma de COVID-19. Observaram que os sintomas de gengivite diminuíram após a cura da COVID-19.

    No entanto, esses achados são baseados em um estudo de três pessoas. Mais pesquisas em uma população mais ampla são necessárias para confirmá-las.

    COVID-19 pode causar hipersensibilidade dental?

    Não parece haver nenhuma pesquisa sugerindo que há uma ligação direta entre a COVID-19 e a sensibilidade dentária.

    A hipersensibilidade dental acontece quando o esmalte, que é a camada externa dura que protege os dentes, fica danificado ou enfraquecido.

    São sintomas de hipersensibilidade dental:

    • dor ou desconforto enquanto mastiga;
    • sensibilidade a alimentos quentes ou frios;
    • dor após exposição ao ar frio;
    • sensibilidade a alimentos e bebidas doces ou ácidos.

    Para casos leves de sensibilidade dental, é recomendável o uso de um creme dental dessensibilizante. É recomendável também o uso de escovas dentais de cerdas macias.

    COVID-19 e a xerostomia (boca seca)

    A boca seca, ou xerostomia, ocorre quando há saliva em quantidade insuficiente para manter a boca úmida. Isso dificulta quebrar alimentos, umidificar as partículas e mesmo engolir os alimentos.

    A boca seca pode ser um sintoma precoce da COVID-19, e foi um dos sintomas orais mais comuns relatados por 108 pessoas em um estudo no The Lancet. No entanto, as razões para isso ainda não estão claras.

    Os autores do estudo afirmam que a boca seca pode ser um efeito direto do vírus SARS-CoV-2 infectando e danificando as glândulas salivares. Também pode ocorrer devido à má higiene bucal ou como efeito colateral do tratamento para a COVID-19.

    Sem tratamento, a boca seca pode aumentar o risco de cárie dental e infecção na boca.

    COVID-19 pode causar rachaduras nos dentes?

    Conforme a American Dental Association, os dentistas observaram um aumento de 59% em ranger dos dentes, ou bruxismo, e um aumento de 53% nos dentes lascados e rachados desde o início da pandemia COVID-19.

    Eles sugerem que isso pode ocorrer como resultado de níveis mais elevados de ansiedade durante a pandemia e má postura resultante das atividades de home office.

    A ansiedade e a má postura podem fazer com que as pessoas apertem a mandíbula e ranjam os dentes. São comportamentos involuntários que decorrem de um estresse adicional. O resultado é o aumento da pressão sobre os dentes que os enfraquece e os torna mais propensos a rachaduras.

    Casos de dentes lascados ou rachados também ocorreram em pessoas com COVID-19 grave. Um estudo sugere que pessoas em cuidados críticos, como aqueles que precisaram de ventiladores, experimentam uma série de complicações, incluindo dentes lascados.

     

    Concluindo

    Em meio ao aumento das doenças bucais durante a pandemia, os pesquisadores estão tentando determinar se elas se devem a fatores relacionados à COVID-19 ou secundários, como estresse, má postura ou outras condições.

    Embora ainda não haja evidências concretas que liguem definitivamente a COVID-19 à saúde bucal, as pessoas devem tentar praticar e manter a boa higiene bucal sempre que apresentar autonomia para tanto.

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    Fontes: The relationship between COVID-19 and the dental damage stage determined by radiological examination,Could there be a link between oral hygiene and the severity of SARS-CoV-2 infectionsGingival bleeding associated with COVID‐19 infection

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