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    A ligação entre halitose e a COVID-19

    O pesquisador Dr Abanoub Riad do Centro Nacional Tcheco para Saúde Baseada em Evidências e Tradução do Conhecimento (CEBHC-KT) trouxe à comunidade científica dados importantes relacionados a uma inusitada ligação entre a halitose e a evolução da COVID-19 em pacientes.

    Ele e sua equipe estava ciente do fato de que a cavidade oral pode fornecer um ‘habitat’ sustentável para o SARS-COV-2, vírus da COVID-19, desde março de 2020.

    Xerostomia e ageusia

    Pesquisas de cientistas chineses conduzidas em fevereiro já mostraram que a xerostomia (boca seca) e ageusia (perda das funções gustativas da língua) estão entre os sintomas inesperados, mas prevalentes da COVID-19.

    Halitose e Covid-19

    Entre maio e agosto de 2020, um total de 18 pacientes procuraram atendimento por conta de “um mau odor oral que precipitou um sofrimento psicossocial notável”.

    A intensidade da halitose foi medida objetivamente com um instrumento amplamente utilizado para análise e tratamento da halitose crônica.

    Este dispositivo conta a quantidade de compostos de enxofre voláteis em partes por bilhão. “Avaliamos a intensidade da halitose duas vezes: na consulta inicial e após um mês. Nossa análise estatística revelou que houve uma diminuição significativa na intensidade da halitose com o passar do tempo na grande maioria dos pacientes”, afirmou Riad.

    Ou seja, os pacientes no início da infecção por COVID-19 apresentavam forte halitose. Ao longo dos dias e evolução do quadro para a cura essa halitose ia gradativamente diminuindo.

    Alterações epiteliais da língua

    Essas descobertas são relevantes para pesquisas futuras, disse Riad.“Nossos resultados apoiam a hipótese de que o SARS-COV-2 pode desencadear alterações epiteliais do dorso da língua devido à alta expressão da enzima conversora de angiotensina 2.”

    Essa hipótese pode explicar porque o fluxo salivar é perturbado em pacientes com COVID-19, especialmente nos que referiram xerostomia.

    Embora não tenhamos certeza do porquê a halitose surgiu e diminuiu concomitantemente com o curso da COVID-19, este fenômeno interessante apoia a relação causal entre halitose e COVID-19.

    “Não podíamos descartar o papel dos medicamentos, especialmente o dos antibióticos desnecessariamente prescritos ou consumidos, e o impacto psicológico da pandemia de COVID-19 no comportamento relacionado à saúde, incluindo a higiene oral.

    Embora as políticas universais de uso de máscara sejam prioridades de sobrevivência, elas podem levar indiretamente a um novo aparecimento de halitose. ”

    Como o grupo de amostra de pacientes era bastante pequeno, Riad acrescentou:

    “Eu gostaria de aproveitar esta oportunidade para convocar todos os pesquisadores e dentistas em todo o mundo para unir forças e alocar recursos para realizar estudos epidemiológicos maiores para as manifestações orais de COVID-19, especialmente sintomas mucocutâneos. ”

    O estudo, intitulado “Halitose em pacientes (COVID-19) ”, foi publicado em 29 novembro 2020 na Special Care in Dentistry.

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    Fontes: Wiley Online LibraryDental Tribune InternationalEurope PMC

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