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    Adoçantes Artificiais elevam Risco Cardiovascular

    Adoçantes artificiais são comumente usados em alimentos e bebidas para fornecer doçura sem as calorias do açúcar. No entanto, pesquisas recentes sugerem que os adoçantes artificiais podem, na verdade, aumentar o risco de doenças cardiovasculares.

    Uma revisão científica de pesquisadores na Espanha confirma a influência negativa dos adoçantes artificiais em vários fatores primários de risco cardiovascular. Também mostra evidências de que esses produtos não são benéficos para controlar o excesso de peso.

    O artigo, publicado na Current Opinion in Cardiology, investiga o consumo desses adoçantes e sua influência negativa no desenvolvimento da obesidade e de vários dos mais importantes fatores de risco cardiometabólicos (hipertensão, dislipidemia e diabetes tipo 2).

    Adoçantes e o risco cardiovascular

    A globalização e o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados ​​têm levado à necessidade de maior conhecimento sobre os impactos à saúde de alguns nutrientes, como os adoçantes artificiais (nutritivos e não nutritivos). Esta revisão buscou analisar seu papel e seu efeito no risco de doenças cardiometabólicas e cardiovasculares.

    Outro estudo, publicado na revista Nature Medicine, descobriu que as pessoas que consumiam abundantemente eritritol, um adoçante artificial popular, tinham maior probabilidade de sofrer um ataque cardíaco ou derrame. O estudo também descobriu que o eritritol estava associado ao aumento dos níveis de açúcar no sangue e insulina, ambos fatores de risco para doenças cardiovasculares.

    Outro estudo, publicado na revista The BMJ, descobriu que pessoas que consumiam mais adoçantes artificiais tinham maior probabilidade de ter pressão alta, colesterol alto e obesidade. Todas essas condições são fatores de risco conhecidos para doenças cardiovasculares.

    Ganho de peso

    Inicialmente, o consumo de adoçantes artificiais foi apresentado como alternativa para redução da ingestão calórica na dieta como opção para pessoas com excesso de peso e obesidade. No entanto, como explica este artigo, o consumo destes adoçantes artificiais favorece o ganho de peso devido a mecanismos neuroendócrinos relacionados com a saciedade ativados de forma anormal quando são consumidos adoçantes artificiais.

    Contudo, com base nos dados atuais, não se pode afirmar que o açúcar seja menos prejudicial. O que sabemos é que, em ambos os casos, devemos reduzi-los ou removê-los da nossa dieta e substituí-los por outras alternativas mais saudáveis ​​para controlar o peso, como consumir produtos à base de plantas e praticar atividade física.

    Diabetes e Síndrome Metabólica

    Os adoçantes artificiais causam perturbações significativas no sistema endócrino, fazendo com que o nosso metabolismo funcione de forma anormal. A revisão revelou que o consumo de adoçantes artificiais aumenta o risco de diabetes tipo 2 entre 18% e 24% e aumenta o risco de síndrome metabólica em até 44%.

    Segundo um dos pesquisadores, os distúrbios neuro-hormonais afetam o apetite e a sensação de saciedade é anormalmente retardada. Por outro lado, induzem a secreção excessiva de insulina no pâncreas, o que, a longo prazo, estimula distúrbios metabólicos que levam ao diabetes.

    Em última análise, este processo produz o que conhecemos como disbiose, uma vez que a nossa microbiota é incapaz de processar estes adoçantes artificiais.

    A disbiose desencadeia processos fisiopatológicos específicos que afetam negativamente os sistemas cardiometabólico e cardiovascular.

    Causadores de desequilíbrio na microbiota intestinal (disbiose)

    Relativamente ao tipo de adoçante, o mesmo pesquisador ressalta que os estudos atualmente disponíveis avaliam o consumo de produtos dietéticos especiais que, geralmente, incluem vários tipos de adoçantes artificiais. Por exemplo, um alimento ultraprocessado pode conter dois ou mais adoçantes artificiais.

    Portanto, não é possível definir diferenças específicas entre eles quanto ao impacto que têm na nossa saúde. Estudos adicionais são necessários para confirmar este efeito ao nível cardiometabólico e para analisar os diferentes tipos de adoçantes artificiais individualmente.

    Há evidências suficientes para confirmar que o consumo de adoçantes artificiais interfere negativamente no nosso metabolismo – especialmente no metabolismo da glicose – e aumenta o risco de desenvolver diabetes.

    Dicas para reduzir a ingestão de adoçantes artificiais

    • Leia atentamente os rótulos dos alimentos e evite produtos que contenham adoçantes artificiais;
    • Escolha bebidas sem açúcar, preferindo água, chá e café, sem açúcar ou adoçante;
    • Coma frutas e vegetais frescos em vez de alimentos processados que contenham adoçantes artificiais;
    • Limite a ingestão de alimentos e bebidas açucaradas.

    Mais pesquisas são necessárias

    Mais pesquisas são necessárias para confirmar a ligação entre adoçantes artificiais e seus efeitos prejudiciais à saúde. No entanto, as evidências disponíveis sugerem que é melhor limitar a ingestão de adoçantes artificiais.

    Se você está procurando uma maneira de reduzir a ingestão de açúcar, existem muitas opções mais saudáveis disponíveis, como evitar refrigerantes e sucos artificiais, optando pelo consumo de chá, café e frutas in natura, sem açúcar ou qualquer adoçante.

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    Fontes: Artificial Sweeteners Increase Cardiovascular Risk, Artificial sweeteners and risk of cardiovascular diseases: results from the prospective NutriNet-Santé cohort, Artificial Sweeteners Increase Cardiovascular Risk, The artificial sweetener erythritol and cardiovascular event risk

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