Identificados os genes associados à doença periodontal

Pesquisadores do Centro Médico da Universidade Columbia identificaram 41 genes regulatórios que podem ser os desencadeadores da doença periodontal. O estudo é o primeiro do gênero que emprega a engenharia reversa do genoma para identificar traços dos genes que contribuem com a periodontite. A identificação dos genes representa uma etapa vital no desenvolvimento de compósitos que podem vir a ser utilizados no tratamento, objetivo e individualizado, da periodontite de grau severo.

Metodologia do estudo

Com o objetivo de reconstruir de modo mais fidedigno as interações genéticas associadas à periodontite e identificação genética individual que parece ter mais influência sob a doença, os pesquisadores do estudo reverteram a engenharia do perfil da expressão genética de um conjunto de dados. No geral, 313 amostras de tecido gengival foram obtidas de um estudo transversal de 120 pacientes com periodontite, sendo 70 saudáveis clinicamente e 243 com áreas gengivais afetada por periodontite.

Utilizando algoritmos especiais para estudar as interações entre os genes e identificar aqueles que rompem o tecido saudável e conduzem ao processo da doença, os pesquisadores foram capazes de identificar 41 deles diretamente envolvidos nesse processo, os regulons (coleções de genes) que englobam de 25 a 833 genes.

“Nossa abordagem reduz a lista de interessantes e potenciais genes regulatórios envolvidos na periodontite”, disse o Prof. Panos N. Papapanou, que liderou a equipe de pesquisa da Faculdade de Medicina Dental do Centro Médico da Universidade Columbia. “Isto nos permite focar não apenas no conjunto de RNAs, mas em alguns genes que desempenham os papéis mais importantes neste processo”.

Muitos dos genes identificados por Papapanou e sua equipe estão envolvidos nos processos imune e inflamatório, confirmando observações laboratoriais e consultórios sobre o desenvolvimento da doença periodontal.

A identificação dos genes regulatórios permitirá aos pesquisadores testar compósitos que interrompam suas ações e assim interromper o desenvolvimento da doença periodontal nos seus estágios iniciais.
“Agora é importante fazer o trabalho buscando a validação das descobertas feitas em laboratório antes de começarmos a testar estes genes em modelos experimentais”, disse Papapanou.

O estudo, intitulado “Identification of master regulator genes in human periodontitis”, foi publicado em agosto na edição da revista Journal of Dental Research.

Sugestões de leitura

Três hábitos essenciais para proteger sua saúde bucal – e três erros que você deve evitar

Você sabia que muitos problemas bucais podem ser evitados com cuidados simples no dia a dia? Entre uma visita e outra ao dentista,...

Crianças com TDAH têm mais cáries? Descubra os verdadeiros motivos

Você já parou para pensar que o cérebro e a boca estão muito mais conectados do que imaginamos? Um estudo recente da Universidade...

Sua boca fala mais sobre sua saúde do que você imagina

Imagine só: você está na cadeira do dentista para uma consulta de rotina quando ele pergunta sobre sua saúde geral. Você menciona que...

Saúde bucal na gravidez: como o cuidado com os dentes protege mãe e bebê

Você sabia que, nos Estados Unidos, menos de 40% das gestantes fazem acompanhamento preventivo com um dentista? Pois é: mesmo com tantos avanços...

Proteja suas gengivas: o guia para evitar a doença periodontal

Você sabia que, nos Estados Unidos, mais de 40% dos adultos acima de 30 anos enfrentam problemas nas gengivas? Pois é: a doença...

Mau hálito: por que você deve incluir a língua na sua rotina de higiene bucal

Quando pensamos em higiene bucal, logo nos vêm à mente escova, pasta de dente e fio dental. Mas há um protagonista fundamental nessa...