A pesquisa que chocou os dentistas australianos

Pesquisa impacta dentistas australianos

Uma pesquisa recentemente divulgada pela Associação de Dentistas Australianos foi motivo de surpresa para muitos dentistas daquele país.

O levantamento em questão evidenciou um enorme descaso da população australiana com sua saúde bucal.

A pesquisa nacional sobre saúde bucal da Associação Australiana de Odontologia (ADA) de 2020, realizada com mais de 25.000 pessoas, divulgada durante a semana de saúde bucal naquele país (2 – 8 agosto), revelou os seguintes dados:

  • 4 em cada 10 pais relatam que seus filhos menores de 17 anos bebem 2 a 5 refrigerantes por semana, apesar de 83% deles terem conhecimento que essas bebidas podem levar à cárie dentária;

    Também evidenciou-se que um número considerável de pais parece não saber que o suco de fruta pode levar à cárie dentária;

  • 2 em cada 3 adultos costumam visitar o dentista apenas quando um problema específico os atinge e não para um check-up. Esse número que não melhorou desde que foi registrado pela primeira vez em 2014;
  • 1 em cada 3 adultos classificam sua saúde bucal como ‘ruim’ ou ‘muito pobre’.

 

Isso aumentou com a idade para 1 em cada 2 adultos para aqueles com mais de 56 anos. A razão mais comum foi “ter deixado de ir ao dentista regularmente”.

Como sabemos, não escovar os dentes após as refeições e fazer uso regular do fio dental é um caminho aberto para o desenvolvimento de cárie dentária, doença gengival e uma série de problemas de saúde corporal decorrentes da baixa qualidade de cuidados com a higiene bucal.

Estudos anteriores sugerem que a doença gengival avançada não tratada pode aumentar as possibilidades de eventos cardíacos graves, desfechos adversos da gravidez, incluindo prematuridade, diabetes tipo 2 e outras condições significativas de saúde.

O que fazer para garantir uma boa saúde bucal

As medidas são simples e é sempre bom recordá-las:

  • Escovar os dentes por pelo menos dois minutos após as refeições;
  • Usar fio dental regularmente;
  • Consumir uma dieta com baixo teor de açúcar adicionado;
  • Consultar o dentista pelo menos uma vez por ano;

Sobre clareamento dental

As estatísticas de clareamento dental mostraram que 37% das pessoas compraram um kit online e 16% no varejo, 16% realizaram procedimento em clínica odontológica e 22% fizeram em casa sob a supervisão do dentista que forneceu um kit para tratamento doméstico.

Além disso, 64% disseram não estar cientes dos riscos dos serviços de clareamento dos dentes operados por não dentistas.

Esses riscos podem incluir queimaduras químicas dolorosas na gengiva e nos lábios, e sensibilidade ou dor que afetam os dentes. Enquanto isso, 18% dos entrevistados disseram que realizaram clareamento anualmente, 38% a cada 6 meses, 26% a cada dois meses, 15% mensais e 3% a cada semana.

Informações acerca da pesquisa

A Pesquisa do Consumidor da ADA foi realizada entre novembro e dezembro de 2020, e contou com 25.028 entrevistados com 18 anos ou mais.

Foi dividido entre 68% de respostas metropolitanas, 25% regionais e 7% rurais.

A divisão de gênero foi de 49% do sexo masculino e 51% do feminino.

Os dados foram coletados de grupos focais, entrevistas telefônicas e pesquisas online.

Se a condição da saúde bucal da população australiana se mostra um tanto quanto precária, fico imaginando como deve estar a situação em nosso Brasil.

Precisamos que os órgãos oficiais desenvolvam campanhas de esclarecimento e conscientização da nossa população sobre a importância dos cuidados com a saúde bucal e da ida regular ao dentista. E também que os governos propiciem meios de acesso a atendimentos odontológicos pelo SUS às populações menos favorecidas.

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Fonte: ADA

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