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    Uso de antibióticos ligado ao aumento do risco de câncer colorretal

    O uso de antibióticos e a relação com o câncer colorretal

    Novas pesquisas sugerem que o uso excessivo de antibióticos pode aumentar o risco de câncer colorretal.

    • O uso de antibióticos aumentou drasticamente nos últimos anos.
    • Novas pesquisas indicam que o aumento do uso de antibióticos está ligado a um maior risco de câncer de cólon, particularmente em pessoas com menos de 50 anos.
    • Os novos dados reforçam a necessidade de reduzir o uso desnecessário de antibióticos, o que pode colocar os indivíduos em maior risco de problemas de saúde, tendo em vista o avanço da resistência bacteriana.

    Antibióticos são extremamente úteis no tratamento de infecções.

    No entanto, os cientistas ainda estão se aprofundando no estudo sobre problemas de saúde decorrentes do uso e uso excessivo e indiscriminado de antibióticos.

    Os resultados de um novo estudo, compartilhado no Congresso Mundial de Oncologia Médica da Sociedade Europeia sobre Câncer Gastrointestinal 2021, indicam que as pessoas, especialmente aquelas com menos de 50 anos, podem estar em um risco aumentado de câncer de cólon devido ao uso de antibióticos.

    Essas novas informações reforçam a importância da prescrição cuidadosa de antibióticos e potencialmente adicionam peso aos argumentos para o rastreamento do câncer de cólon entre os mais jovens.

    Uso desnecessário de antibióticos

    Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) norte-americano destaca que antibióticos são ferramentas importantes no tratamento de certos tipos de infecção.

    Antibióticos são utilizados no tratamento de infecções bacterianas e não são nada eficazes contra infecções causadas por vírus.

    Além disso, antibióticos nem sempre são necessários, porque às vezes, o organismo, através do sistema imunológico, consegue suplantar a infecção por conta própria.

    O uso desnecessário de antibióticos é uma preocupação crescente em todo o mundo.

    Por exemplo, pessoas que tomam antibióticos estão em risco de infecções por Clostridium difficile e outros tipos de infecção que são resistentes a antibióticos.

    Além disso, o consumo de antibióticos pode eliminar bactérias importantes e úteis no trato gastrointestinal.

    Para equilibrar esses riscos, os profissionais de saúde precisam evitar a prescrição de antibióticos que não sejam imprescindíveis.

    Prescrições de antibióticos desnecessários compõem pelo menos 30% das prescrições ambulatoriais de antimicrobianos nos EUA.

    O impacto do câncer colorretal

    American Cancer Society observa que, se os cânceres de pele forem excluídos, o câncer colorretal é o terceiro tipo mais comum de câncer diagnosticado nos EUA.

    O fato é que a incidência de câncer colorretal tem diminuído nos últimos anos. No entanto, cresceu o número de casos de câncer colorretal entre indivíduos com menos de 64 anos.

    Há uma preocupação crescente com a prevalência de câncer colorretal em indivíduos mais jovens.

    Dados recentes publicados na revista Câncer sugerem que as pessoas devem se submeter ao rastreamento de câncer colorretal aos 45 anos em vez de aos 50 para maior garantia na detecção e prevenção precoces.

    A ênfase na prevenção e detecção tem a ver com o impacto na saúde e as taxas de mortalidade devido ao câncer colorretal.

    Nos EUA, o câncer colorretal é a segunda principal causa de mortes relacionadas ao câncer.

    Os indivíduos podem reduzir sua probabilidade de desenvolver esse tipo de câncer, evitando certos fatores de risco, como consumo de álcool, uso de tabaco e falta de atividade física.

    No entanto, especialistas também associam o câncer colorretal a fatores de risco não modificáveis, como idade, histórico familiar, genética ou presença de doença inflamatória intestinal (DII). Essas são algumas das razões pelas quais o rastreamento precoce é crucial para reduzir a mortalidade por câncer colorretal.

    Alguns fatores que predispõe ao câncer colorretal permanecem desconhecidos ou ainda estão sendo estudados, como essa nova associação entre o uso de antibióticos e o câncer de cólon.

    À medida que os pesquisadores investigam novos fatores de risco para o câncer colorretal, o rastreamento provavelmente se tornará ainda mais crítico.

    Uso de antibióticos e aumento do risco de câncer de cólon

    Os autores do presente estudo, sendo um estudo de caso-controle, coletaram dados de pacientes na Escócia e analisaram distintos casos de câncer colorretal conforme a faixa etária dos casos estudados.

    Eles classificaram indivíduos com menos de 50 anos como tendo câncer colorretal de início precoce, e aqueles com 50 anos ou mais como tendo câncer colorretal de início posterior.

    Os pesquisadores compararam um total de 7.903 indivíduos com câncer colorretal com 30.418 indivíduos nos grupos de controle. Dos participantes do estudo com diagnóstico de câncer colorretal, 445 tinham menos de 50 anos.

    Os pesquisadores examinaram a prescrição de antibióticos orais e período de exposição a antibióticos naqueles com câncer colorretal e nos grupos de controle combinados.

    Eles encontraram uma ligação entre o uso de antibióticos e um risco aumentado de câncer de cólon nas categorias de início precoce e posterior.

    O risco de câncer de cólon relacionado ao uso de antibióticos variou entre os grupos de início precoce e posterior.

    Conforme os resultados do estudo, os pesquisadores compartilharam, pessoas com câncer colorretal de início posterior apresentaram um risco associado de 9%. A associação foi muito maior naqueles com câncer colorretal de início precoce, com um risco quase 50% maior.

     

    No entanto, esse risco não foi associado a todas as categorias de antibióticos ou a cada tipo de câncer colorretal. Os pesquisadores observam que “em ambas as faixas etárias, a maioria das classes de antibióticos não estavam significativamente associadas ao câncer de cólon, retal ou de cólon distal”.

    Na faixa etária mais jovem, o risco aumentado foi relacionado ao câncer encontrado na primeira parte do intestino grosso e ao uso de antibióticos dos grupos das quinolonas, sulfonamidas e antibióticos combinados com trimetoprim.

    De acordo com um dos pesquisadores, poderia haver razões para isso e que novas pesquisas são necessárias:

    “Pode ser que os antibióticos tenham sido prescritos para sintomas de um tumor que foram mal atribuídos a uma infecção, que condições de comorbidade, como a Doença Inflamatória Intestinal, poderiam ter aumentado a probabilidade de absorção dos antibióticos, ou, como os autores sugerem, um efeito negativo mais direto dos antimicrobianos em comunidades bacterianas, o que pode ter contribuído para acelerar o desenvolvimento do câncer.”

    “Uma pesquisa mais focada seria necessária para entender melhor o tamanho do papel representado pelos antibióticos no desenvolvimento do câncer colorretal”, acrescentou o pesquisador.

    O estudo alerta sobre potenciais fatores de risco para o câncer de cólon e recomenda cautela no uso de antibióticos. O estudo enfatiza ainda que mesmo indivíduos mais jovens podem apresentar risco para o desenvolvimento de câncer de cólon.

    Embora mais pesquisas sejam necessárias nessa área, e a causa não possa ser comprovada com base na natureza do estudo, os autores concluem:

    “Nossos achados sugerem que os antibióticos podem ter um papel na formação de tumores de cólon em todas as faixas etárias, particularmente em pessoas com menos de 50 anos. É possível que a exposição a antibióticos possa estar contribuindo para os aumentos observados no [câncer colorretal de início precoce], particularmente no cólon proximal.”

    “Se confirmado, nosso estudo fornecerá outras razões para reduzir, sempre que possível, a prescrição de antibióticos frequentes e desnecessários.”

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    Fonte: SO-25 Global rise in early-onset colorectal cancer: An association with antibiotic consumption?

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