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    Cistos radiculares — diagnóstico e tratamento

    Cistos radiculares — como diagnosticar e tratar

    Os cistos radiculares podem ser responsáveis por até 70% de todas as lesões císticas do osso maxilar. Acredita-se que esses cistos sejam o resultado da proliferação de restos de células epiteliais durante a inflamação dos dentes com polpa infectada e necrótica e periodontite apical (inflamação das gengivas).

    A menos que os cistos infeccionem, geralmente são assintomáticos.

    Normalmente, eles se apresentam como lesões periapicais osteolíticas detectadas com imagens radiográficas.

    O cisto radicular é o cisto odontogênico de maior significado clínico para o cirurgião-dentista. Por ser a lesão cística inflamatória mais frequentemente encontrada dos maxilares, é a mais tratada. Ocorre nos ápices de dentes infectados em decorrência à necrose pulpar.

    Os cistos radiculares, quando vistos em imagens radiográficas, tendem a aparecer em forma de pera ou redondos.

    As lesões têm tipicamente menos de 1 cm de tamanho e estão localizadas na região periapical de dentes com características uniloculares e translúcidas.

    Essas lesões são mais comumente vistas na meia-idade. As áreas mais comuns do osso maxilar afetadas são as regiões pré-molares mandibulares e maxilares anteriores.

    Origem dos cistos radiculares

    Os cistos radiculares são formados pela reabsorção das porções periapicais do osso alveolar por mecanismos imuno inflamatórios. Esses mecanismos incluem atividades realizadas por células fundamentais na formação e reabsorção óssea, como osteoblastos, osteócitos e osteoclastos. A formação de cistos radiculares é ainda aumentada pela liberação de citocinas inflamatórias e fatores de crescimento.

    Os cistos radiculares são revestidos por epitélio estratificado escamoso e não queratinizado, irregular, espesso e com abundância de células inflamatórias durante a infecção ativa. Em contraste, na ausência de infecção ativa, esses cistos apresentam um revestimento epitelial regular e fino, com pouca infiltração de células inflamatórias.

    Cristais de colesterol podem ser encontrados no lúmen de cistos radiculares e os cistos podem ser classificados histologicamente como cistos verdadeiros ou cistos em bolsa. Na primeira categoria, os cistos são totalmente revestidos por revestimento epitelial, enquanto na última, seus lumens se abrem nos canais radiculares apicais dos dentes.

    Tratamento de cistos radiculares

    O exame histológico é necessário para confirmar o diagnóstico de cistos periapicais. No entanto, o uso de tomografia computadorizada (TC) e radiografia convencional são ótimas ferramentas para averiguar alterações patológicas ao nível de órgão / tecido. Além disso, embora a tomografia computadorizada possa ajudar a distinguir entre granulomas periapicais e cistos, ainda é quase impossível fazer o diagnóstico sem uma confirmação histológica.

    Uma vez confirmados, os cistos radiculares podem ser tratados não cirurgicamente, como costuma ser a abordagem, com terapia do canal radicular, ou podem ser tratados cirurgicamente. Cistos grandes e próximos a estruturas craniofaciais, como forame mentual ou seio maxilar, são geralmente tratados com descompressão e terapia de canal radicular.

    Em tempo, o forame mentual é uma abertura no mento (queixo) localizada abaixo do segundo dente pré-molar. Pelo forame emergem o nervo mentual — ramo do nervo alveolar inferior — e vasos mentuais.

    O forame mentual, na grande maioria dos casos, localiza-se entre os pré-molares inferiores sendo usado como referência em técnicas anestésicas, como o bloqueio do nervo incisivo e do próprio nervo mentual.

    O prognóstico após o tratamento é favorável para a grande maioria das pessoas. Nos poucos casos em que não há resposta à terapia, não cirúrgica e / ou cirúrgica, a infecção pode persistir no canal radicular.

    O diagnóstico correto do cisto radicular é essencial para o seu tratamento. O recomendado é o acompanhamento clínico e radiográfico dos pacientes em intervalos de 6 meses durante, pelo menos, 5 anos, quando a recorrência é provável de ocorrer.

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    Fontes: New perspectives on radicular cysts: do they heal?Periapical cystCisto radicular inflamatório extenso envolvendo seio maxilar

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