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    Cirurgias de remoção de amígdalas e adenoide e o risco de problemas futuros

    Uma análise dos efeitos a longo prazo da remoção das amígdalas e adenoides na infância mostrou que essas cirurgias estão associadas a um aumento de doenças respiratórias, infecciosas e alérgicas no decorrer da vida.

    Para muitas pessoas, ter suas amígdalas removidas é um rito de passagem da infância. A operação, conhecida como amigdalectomia – remoção das tonsilas palatinas, ou amígdalas -, é uma das cirurgias pediátricas mais comuns em todo o mundo.

    Outra cirurgia muito comum envolve a remoção das adenoides, conhecida como adenoidectomia – remoção cirúrgica das tonsilas faríngeas, ou adenoides -, geralmente realizada para tratar de amigdalites recorrentes e infecção do ouvido médio. A cirurgia de adenoide também é realizada para melhorar a respiração quando as vias aéreas estão bloqueadas.

    Como as adenoides em particular encolhem na idade adulta, os médicos e cientistas historicamente presumiam que tecidos como esses eram redundantes no corpo.

    A redescoberta

    Mas agora está claro que adenoides e amígdalas estão estrategicamente posicionadas no nariz e na garganta, respectivamente, em um arranjo conhecido como anel de Waldeyer. Elas funcionam como uma primeira linha de defesa, ajudando a reconhecer patógenos transportados pelo ar, como bactérias e vírus, e iniciam a resposta imunológica para eliminá-los do corpo.

    Assim, os resultados obtidos agora por uma equipe da Universidade de Melbourne (Austrália) não parecem surpreender, já que essa remoção impacta a resistência posterior às doenças respiratórias, infecciosas e alérgicas.

    A descoberta também é importante, dizem os pesquisadores, por se juntar aos já conhecidos riscos a curto prazo das duas cirurgias, fornecendo mais evidências para apoiar possíveis alternativas à cirurgia sempre que possível.

    Riscos duplicados e triplicados

    A tonsilectomia mostrou-se associada a um risco relativo quase triplicado – o risco para aqueles que fizeram a operação em comparação com aqueles que não passaram por ela – para doenças do trato respiratório superior, incluindo asma, gripe, pneumonia e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), o termo genérico para doenças como bronquite crônica e enfisema.

    O risco absoluto – que leva em conta o quão comuns essas doenças são na comunidade – também mostrou-se 18,61% maior.

    A adenoidectomia mostrou-se associada a um risco relativo mais de duas vezes maior de DPOC e um risco relativo quase duplicado de doenças do trato respiratório superior e conjuntivite. O risco absoluto também foi quase o dobro para as doenças do trato respiratório superior, mas correspondeu a um pequeno aumento para a DPOC, já que essa é uma condição mais rara na comunidade em geral.

    “Em 1870, Charles Darwin disse que o apêndice era um vestígio inútil da evolução, prevendo que ele era pequeno demais para contribuir para a digestão de maneira significativa. Agora sabemos que o apêndice também tem uma função importante no sistema imunológico, protegendo contra infecções intestinais ao incentivar o crescimento de bactérias benéficas.

    “À medida que descobrimos mais sobre a função dos tecidos imunológicos e as consequências de sua remoção ao longo da vida, especialmente durante idades sensíveis, quando o corpo está se desenvolvendo, isso ajudará a orientar pais e médicos sobre quais tratamentos eles devem usar,” disse o Dr. Sean Byars, coordenador do estudo, publicado na revista médica JAMA Otolaryngology Head Neck Surgery.

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