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    Resiuos Como Gerir

    O que fazer com os resíduos da clínica odontológica

    Clínica odontológica – como gerir resíduos

    Os dentistas sabem muito bem: o resultado de cada dia de trabalho no consultório ou clínica odontológica se traduz numa quantidade considerável de resíduos que têm de ser descartados.

    Conhece cada tipo de resíduo e como deve ser descartado para assegurar a sua reciclagem?

    Saiba que eliminar corretamente os resíduos do seu consultório ou clínica é uma das maiores garantias de segurança.

    Se este ponto tão importante para efeitos de segurança e sustentabilidade ainda não estiver muito claro, leia este guia a seguir.

    Classificação dos resíduos sanitários

    Em primeiro lugar, devemos ter bem claro quais são os tipos de resíduos sanitários que existem, pois, segundo a classe a que pertencem, serão descartados de uma ou de outra forma.

    • Grupo A: resíduos com a possível presença de agentes biológicos que por suas características, podem apresentar risco de infecção;
    • Grupo B: resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente;
    • Grupo C: resíduos contaminados com radioisótopos provenientes de laboratório de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia. Esses resíduos não são gerados pela grande maioria dos estabelecimentos de assistência odontológica no Brasil;
    • Grupo D: resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde, ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares ou comuns;
    • Grupo E: materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como agulhas e lâminas de bisturi, contaminados ou não.

    Em geral, existem duas classes de resíduos mais afeitos à prática odontológica: os infecciosos e os não infecciosos:

    — Entre os resíduos não infecciosos, existem os resíduos que são descartáveis juntamente com aqueles urbanos, como é caso do papel, das embalagens,  ou de qualquer outro resíduo que possamos também encontrar em casa. Mas, atenção!

    Para que os resíduos da clínica odontológica sejam assimiláveis aos resíduos urbanos, é importante que não tenham sido contaminados com elementos orgânicos de qualquer tipo.

    — No caso dos resíduos infecciosos, devemos diferenciar aqueles que representam um alto risco de infeção por terem estado em contato direto com a cavidade bucal (agulhas, sondas de exame ou brocas, entre outros) e aqueles perigosos devido à sua composição e se encontrem submetidos a regulamentos específicos (como produtos químicos).

    Material de biossegurança e como gerir os resíduos sanitários do consultório odontológico

    Uma vez tendo sido classificados os resíduos produzidos na clínica ou consultório odontológico, devemos ter em mente que os materiais de biossegurança —  aqueles de proteção individual do dentista — em sua maioria descartáveis — devem ser devidamente classificados de acordo com a sua natureza.

    Entre os mais comuns, neste caso, temos as máscaras cirúrgicas, que o dentista deve trocar cada vez que atende um paciente. Desde que não estejam contaminados, devem ser colocados no contentor para resíduos indiferenciados, uma vez que não podem ser considerados resíduos urbanos recicláveis. Caso se encontrem contaminados, devem ser tratados como materiais potencialmente infecciosos.

    Algo semelhante acontece com o material descartável: jalecos, sapatilhas e os toucas descartáveis: devem receber um tratamento específico de resíduos infecciosos caso tenham sido contaminados, mas, caso contrário, podem ser descartados no contentor destinado a materiais dessa categoria, desde  que sejam compostos de polietileno.

    O que fazer com os resíduos plásticos do consultório odontológico

    Chegamos a uma das questões mais controversas: o plástico. O inimigo número um da sustentabilidade é, por vezes, inevitável na prática odontológica.

    Por isso, é muito importante que saibamos como administrar os resíduos sanitários de plástico da clínica odontológica e programar a substituição desses materiais por outros para os quais existam opções ecologicamente viáveis de substituição.

    Caso o material tenha sido contaminado, deverá ser tratado como resíduo infeccioso e descartado no seu contentor adequado.

    O que fazer com os resíduos de materiais plásticos utilizados pelos pacientes?

    No contentor para resíduos indiferenciados devemos colocar as escovas de dentes, os alinhadores invisíveis e protetores bucais, para os quais ainda não existe alternativa de reciclagem.

    Os copos descartáveis de plástico ou papel deverão ser descartados conforme seu material de composição.

    Etapas para o manejo adequado dos resíduos

    O manejo dos resíduos de serviços de saúde deve focar os aspectos intra e extra-estabelecimento, indo desde a geração até a disposição final, incluindo as seguintes etapas:

    1 — Separação

    Consiste na segregação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos.

    2 — Acondicionamento

    Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura.

    A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo.
Os resíduos sólidos devem ser acondicionados em sacos resistentes à ruptura, vazamento e impermeáveis, devendo ser respeitado o limite de peso de cada saco, além de ser proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.

    Os resíduos perfurocortantes devem ser acondicionados em recipientes resistentes à punctura, ruptura e vazamento.

    3 — Identificação

    Esta etapa do manejo dos resíduos, permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos resíduos.
Os sacos de acondicionamento, os recipientes de coleta interna e externa, aqueles de transporte interno e externo, e os locais de armazenamento devem ser identificados de tal forma a permitir fácil visualização, de forma clara e objetiva.

    4 — Transporte Interno

    Esta etapa consiste no translado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de entrega para a coleta.
O transporte interno de resíduos deve ser realizado atendendo roteiro previamente definido e em horários não coincidentes com outras atividades e deve ser feito separadamente de acordo com o grupo de resíduos e em recipientes específicos a cada grupo de resíduos.

    5 — Armazenamento Temporário

    Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta no estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa. Não pode ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento.

    O armazenamento temporário pode ser dispensado nos casos em que a distância entre o ponto de geração e o armazenamento externo justifiquem.

    6 — Tratamento

    Mesmo não sendo usual em estabelecimentos de assistência odontológica o tratamento preliminar consiste na descontaminação dos resíduos (desinfecção ou esterilização) por meios físicos ou químicos, realizado em condições de segurança e eficácia comprovada, no local de geração, a fim de modificar as características químicas, físicas ou biológicas dos resíduos e promover a redução, a eliminação ou a neutralização dos agentes nocivos à saúde humana, animal e ao ambiente.

    7 — Armazenamento Externo

    Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores.

    8 — Coleta e Transporte Externos

    Consistem na remoção do abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana. A coleta e transporte externos dos resíduos de serviços de saúde devem ser realizados de acordo com as normas locais vigentes.

    9 — Disposição Final

    Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a legislação ambiental.

    Contrate uma empresa especializa em descarte

    Além do armazenamento correto do lixo odontológico, é imprescindível fazer a eliminação correta dos resíduos decorrentes dos atendimentos odontológicos.

    A solução é achar uma empresa especializada no serviço, tendo em vista a importância, relevância e eficiência desse processo, pois envolve materiais de risco, que podem afetar a vida de muitas pessoas  e existe uma legislação que precisa ser cumprida para não haver multas em decorrência do não cumprimento.

    No mercado, existem várias empresas que podem prestar serviço de coleta e descarte de resíduos provenientes de consultórios odontológicos. Procure optar por uma que conjugue eficiência e preservação do meio ambiente.

    Foco na sustentabilidade dos materiais

    Sabemos que nem sempre é possível substituir os plásticos de uso único, mas é o ideal sempre que exista uma alternativa sustentável.

    Para tornar a sua clínica ou consultório odontológico comprometido, recomendamos que escolha alternativas sustentáveis para os materiais mais utilizados no seu dia-a-dia profissional. Por exemplo, poderá incorporar materiais reutilizáveis em EPI e substituir as escovas de dentes fabricadas em plástico por escovas de dentes ecológicas de bambu.

    A sustentabilidade no seu consultório ou clínica será também um valor diferenciação e uma garantia de compromisso social.

    É fundamental que todos os dentistas tenham consciência da importância do gerenciamento adequado dos descartes do lixo odontológico, bem como os perigos para a saúde e o meio ambiente.

    Administrar adequadamente os resíduos sanitários na sua clínica odontológica contribui para a segurança e preservação do meio  ambiente, além de projetar uma imagem de compromisso e sensibilização.

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    Fontes:  The importance of separation and correct disposal of dental wasteComo gerir os resíduos sanitários na clínica dentáriaNovas Normas para o Gerenciamento de Resíduos em Serviços OdontológicosPlano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS)  Lixo odontológico: como fazer o descarte adequado?

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