Pérolas de Epstein do recém-nascido: causas, sintomas e tratamento


As pérolas de Epstein são cistos brancos ou amarelados que se podem formar nas gengivas e palato dos recém-nascidos, semelhantes a dentes que estão para nascer.
As pérolas de Epstein são inofensivas e se formam na boca do recém-nascido durante as primeiras semanas e meses de desenvolvimento.

Os cistos contêm queratina, uma proteína que ocorre naturalmente na pele, cabelos e unhas humanas.

As pérolas de Epstein desaparecem por si próprias poucas semanas após o nascimento do bebê. Não são motivo de preocupação.

Neste artigo, analisamos os sintomas, causas e tratamento das pérolas de Epstein.

Pérolas de Epstein – Sintomas

As pérolas de Epstein têm geralmente menos de 3 milímetros de diâmetro .

Os cistos podem ser notados quando um bebê abre a boca para chorar ou bocejar.
No entanto, eles não causam desconforto ao bebê e não devem interferir na alimentação.

Às vezes, as pessoas podem confundir as pérolas de Epstein com os grãos de milium .
A principal diferença é a sua localização. As pérolas de Epstein aparecem apenas no céu da boca e gengivas.

O milium é um tipo de nódulo branco que costuma aparecer no rosto do bebê.
São bastante comuns.
São caracterizados por bolinhas brancas ou amareladas que aparecem perto dos olhos, no nariz e na boca do bebê.

Pérolas de Epstein – Causas

Essas formações são bastante comuns. Ocorrem em até 60% a 85% de todos os recém-nascidos.
Especialistas acreditam que elas se desenvolvam durante a a gestação quando acontece a formação do céu da boca do bebê.

As pérolas de Epstein não ocorrem como resultado de algo que a mulher fez durante a gravidez. Elas também não representam um sinal de que algo está errado com o bebê.

Não há como impedir as pérolas de Epstein.

As pérolas de Epstein não ocorrem em crianças mais velhas ou adultos porque são resultado do desenvolvimento fetal .

Pérolas de Epstein – Tratamento

As pérolas de Epstein não requerem tratamento.
Na maioria dos casos, elas desaparecem lenta a espontaneamente dentro de algumas semanas.

Quando a consulta com o pediatra é aconselhável

Os responsáveis pelo bebê podem procurar um pediatra no caso de preocupações com inflamações na boca do recém-nascido.
Isso para o caso de diferenciá-las de outras condições de saúde.

Em caso de dúvida, a consulta com um pediatra é altamente recomendável.

Isso porque algumas condições e sinais outros podem se assemelhar às pérolas.

1. Candidíase oral

Em alguns casos, manchas brancas na boca de um bebê podem ser um sinal de candidíase.
A candidíase oral é uma patologia causada pelo fungo cândida.

candidíase oral pode causar manchas brancas ou inchaços na boca. Inclusive no interior das bochechas e da língua.
Às vezes, pode provocar algum desconforto ou dificuldade em se alimentar. Geralmente não é grave.

A candidíase oral é tratada com medicamentos antifúngicos.
É importante que o tratamento seja iniciado. Isso porque a infecção pode se espalhar para o seio da mulher, caso ela esteja amamentando.
Se isso ocorrer, pode causar rachaduras nos mamilos e deixar os seios doloridos.

2. Dentes natais

As pérolas de Epstein podem ser confundidas com dentes natais, caso apareçam nas gengivas.
Embora os recém-nascidos possam ter dentes, isso é raro.
Ocorre em apenas 1 em cada 800 a 6.000 bebês.

Se um bebê nascer com um ou mais dentes, os pais ou responsáveis devem discutir isso com um pediatra.
Às vezes, os dentes estão soltos ou interferem na alimentação.
Nesses casos, o médico pode recomendar sua remoção.

3. Outros problemas

Um bebê muito queixoso pode ser um sinal de problemas outros e mais sérios. Especialmente se a criança não estiver conseguindo se alimentar direito. Embora as pérolas de Epstein não causem nenhum desses problemas, ainda é melhor descartar outras possíveis condições de saúde.
Nesse caso, é uma boa ideia consultar um pediatra.

Concluindo

Muitos pais e cuidadores ficam preocupados quando veem as pérolas de Epstein na boca de um bebê.
No entanto, são indolores, não prejudiciais ao bebê e desaparecem por conta própria.

Se o bebê parece estar tendo problemas para se alimentar ou não estiver bem, os pais ou responsáveis devem procurar um pediatra para descartar outros problemas de saúde.

Fontes: NCBI , Era’s Journal , Europe PMC

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