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    Gestantes com periodontite e o maior risco de parto prematuro

    Um pequeno estudo preliminar sugere que a saúde das gengivas de uma gestante pode afetar sua probabilidade de parto prematuro.

    Outra pesquisa desenvolvida na Austrália, publicada aqui no blog Dentalis, em janeiro passado, chegou à igual conclusão. 

    O estudo comparou inflamação bucal e presença de micróbios em 33 mulheres cujos bebês nasceram antes de 37 semanas de gravidez, considerados prematuros. Quarenta e quatro delas tiveram partos a termo.

    Observamos que as mulheres com partos prematuros tinham gengivas inflamadas com mais frequência, com bolsas e perda do tecido de suporte ao redor dos dentes em comparação com seus pares com gestações a termo“, afirmou o autor do estudo, Dr. Valentin Bartha, do Hospital Universitário de Heidelberg, na Alemanha.

    Prevenção do parto prematuro

    “Se confirmados, esses resultados podem ter implicações na prevenção do parto prematuro, que ocorre em 10% dos nascimentos e é responsável por até 75% das mortes perinatais e mais de 50% dos distúrbios de desenvolvimento em crianças”, acrescentou Bartha.

    Periodontite – a mais grave das doenças gengivais

    A periodontite, é desencadeada por uma infecção microbiana. 

    É caracterizada por gengivas vermelhas, sangrando, inflamadas e às vezes inchadas – a resposta do corpo a um acúmulo insalubre de bactérias nos dentes

    Essa inflamação crônica pode provocar a formação de bolsas e lacunas ao redor dos dentes. Isso pode levar à destruição dos tecidos de suporte e osso e, eventualmente, perda do dente.

    “A inflamação ao redor dos dentes faz com que os tecidos de suporte se soltem permanentemente da superfície dentária”, disse Bartha em um comunicado à imprensa da Federação Europeia de Periodontologia. 

    “Quando uma sonda pode ser inserida mais de 3 milímetros ao longo de um dente, isso é chamado de bolsa patológica”.

    O estudo

    Para o estudo, os pesquisadores coletaram informações sobre a idade das mulheres, hábitos de fumar, condições de saúde e medicamentos. Eles avaliaram o sangramento gengival, a profundidade das bolsas e a perda de inserção em cada um dos vários dentes.

    A equipe também coletou amostras de placas e usou sequenciamento de genes para identificar espécies bacterianas.

    Descobertas

    Os pesquisadores descobriram que mulheres com partos prematuros tiveram uma perda significativamente maior de inserção dentária, mais bolsas medindo 4 mm ou mais e diferentes populações de bactérias sobre e sob os dentes.

    “Descobrimos que as mães prematuras eram mais propensas a perder tecidos de suporte ao redor dos dentes. Também apresentam uma proporção maior de locais com bolsas profundas com bactérias orais insalubres em comparação com mães a termo”, afirmou o pesquisador.

    O peso ao nascer foi significativamente menor para mães com periodontite em comparação com mães com boa saúde bucal ou apenas sangramento nas gengivas, mas sem bolsas patológicas (gengivite)“, acrescentou.

    Concluindo

    Estudos maiores são necessários para verificar esses achados preliminares. Pesquisas anteriores produziram resultados semelhantes.

    O novo estudo foi apresentado em Copenhague em uma reunião da Federação Europeia de Periodontologia. Os achados apresentados em reuniões médicas devem ser considerados preliminares até serem publicados em um periódico revisado por pares.

     

    Fontes: PD120 Periodontal status and microbiome composition in women with preterm birth – A case control study, Mom-to-Be’s Gum Disease Could Raise Odds for Premature Birth 

     

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